Forró: um ritmo para todos, Sobre Rodas, Ricardo Albino

forrozeiro em preto e brancoA coluna Sobre Rodas presta uma homenagem a Dominguinhos. O herdeiro de Gonzagão foi tocar sua sanfona no céu. O forró nasceu da expressão “for all” em português, para todos. Se a gente aqui na Terra ficou triste, o sol, a lua e as estrelas comemoram a chance de também poder forrozear.

Oxente! Que diacho de verbo é esse? Se você ainda não conhece, coisa que eu duvido, vou ensinar a conjugação. Aposto que vão aprender ligeiro. Quem já sabe, aproveite para aprimorar os passos. EU FORROZEIO, TU FORROZEIAS, ELE FORROZEIA, NÓS FORROZEAMOS, VÓS FORROZEAIS E ELES FORROZEIAM.

Esse menino, essa menina, bora forrozear? Nos meses de junho e julho, o Brasil arrasta o pé. Nossa alegria é remendar as calças e os vestidos, comer tudo de bom e paquerar de montão, ao som de um forrozão. O negócio é tão sério que João Pessoa e Campina Grande disputam o título de maior festa junina do mundo. A fogueira acende, a sanfona toca e o coração do povo explode de felicidade.

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O forró é bem democrático. Basta escolher o seu estilo preferido, colocar uma sandália ou dançar de pé no chão mesmo. Pode ser o xote, o baião, o xaxado, o rasta pé, o pé de serra e o universitário. Aliás, nas universidades o forró já tirou diploma com louvor. Não há como ficar parado na companhia gostosa da sanfona, da zabumba, do triângulo, do pandeiro e até de um violão.

Forrozear não tem idade para começar, nem escolhe sotaque para se cantar. Aqui em Belo Horizonte tem uma banda porreta demais uai! Como foi bom cantar com a Izabella e sua Menina do Céu. Ensaiar com a minha pequena forrozeira Bia para a festa da escola dela, sem palavras! Fizemos uma “Festa do Interior”.

A Asa Branca voou. Gonzagão e Dominguinhos se reencontraram para fazer uma festa no céu. Por hora, os corações dos sanfoneiros e forrozeiros que estão um tanto desafinados, como se fosse uma foto em preto e branco, em breve voltarão a animar as festas Brasil afora.  Afinal, a música boa é uma arte que nunca morre.

 

Ricardo Albino, jornalista, Coluna Sobre Rodas / Tudo Bem Ser Diferente

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foto: arquivo pessoal