Mamãe Down Up: Nem que seja por uma vida, por Ana Flávia Jacques
Sabe aquela sensação de dever cumprido? Então. Foi assim que me senti logo que a última coluna foi ao ar, no dia 03/09. Eu tenho recebido muitas mensagens carinhosas de pessoas elogiando os textos, a coragem pela iniciativa de ter lançado este espaço, a naturalidade com que abordo o tema, as doces palavras com as quais escrevo sobre a vida da Maria Fernanda, enfim. Não preciso dizer que a minha maior inspiração é ela, a Cerejinha. Mas uma mensagem em especial encheu o meu coração de amor e esperança e não contive a emoção quando a recebi.
Nela uma pessoa me agradece e conta que uma jovem de 21 anos, grávida de quase sete meses, espera a chegada de seu bebê. É um menininho. Rafael é o nome dele. No hebraico, Rafael significa “curado por Deus”. Segundo a Bíblia, o arcanjo Rafael curou o pai de Tobias da sua cegueira. Assim como acontece em toda gestação, o Rafinha era uma sementinha, um embrião. Foi crescendo, crescendo e ainda está crescendo e se formando. A essa altura ele já tem os olhinhos abertos e talvez já possa até ter mais de um quilo.
Não sei se a gestação foi planejada, mas mesmo que não tenha sido, com certeza essa mãe deve ter curtido muito a notícia da maternidade. As primeiras roupinhas, a montagem do quartinho, sentir o barrigão crescer, o primeiro chute. (E por falar em chute, a Maria Fernanda era um bebê desesperado aqui dentro. Chutava toda hora, e era uma delícia. Sinto saudades disso!)
Então, mas e daí? O que tem de diferente na mensagem? Por que me emocionou tanto assim? É que o Rafinha também está se formando com um terceiro cromossomo no par do 21. Ele será um lindo garoto com a síndrome de Down. Mas a emoção veio forte quando a pessoa contou que a moça, abalada pela notícia, tinha desistido do filho, mas mudou de ideia depois que passou a ler os meus textos. “Vim agradecer pela vida do Rafinha. Por causa das coisas que você escreve, ela criou coragem e decidiu lutar pelo filho”, escreveu.
Mãe do Rafinha, eu é que agradeço por você acreditar no seu filho e entender que ele será como qualquer outro bebê. Que vai chorar, mamar, dormir, interagir, se desenvolver. É óbvio que o ritmo é mais lento, mas basta que sejam dadas oportunidades e ter paciência que ele fará o que qualquer ser humano faz, dentro de suas habilidades e dificuldades. Como qualquer outra criança, vai querer o seu amor, atenção, carinho. Vai querer brincar, correr, estudar, namorar e quem sabe até se casar. Obrigada por me deixar fazer parte da história de vocês. Quero ver esse moço crescido, com saúde e feliz!
E como já disse em texto anterior, se eu tinha dúvidas de que vale a pena abrir a própria vida e história para servir de exemplo, eu já tenho a resposta: Nem que seja por uma vida!
* Ana Flavia Jacques, jornalista e mãe de primeira viagem da Maria Fernanda, a Cerejinha Baby, uma linda e doce garotinha com síndrome de Down. As opiniões aqui publicadas são de responsabilidade do colunista.
Flávia, adorei conhecer sua coluna. Penso que nossa missão nessa vida é justamente multiplicar os talentos que Deus nos deu, e no seu caso, os dois talentos óbvios estão sendo muito bem cultivados e multiplicados: ser mãe e escrever. Com certeza vc está aprendendo a ser mãe e ao mesmo tempo ensinando, graças ao seu Dom com as palavras. Que Deus continue te abençoando e à sua filha! Parabéns.
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Estamos em luto! Recebemos a notícia que o coraçãozinho do nosso tão esperado Rafinha parou, repentinamente. O pequenino, que foi personagem desta coluna, não chegou a nascer. O parto estava previsto para o próximo dia 21/12, mas ele voltou aos braços do Papai do Céu antes de vir à luz.
Compartilho com a dor da família, principalmente com essa jovem mãe, que bravamente lutou pela vida do seu filho até o fim!
Meus sinceros sentimentos! 😦
Estou bastante triste, mas confiante de que Deus não comete erros! A missão do Rafinha foi curta, mas suficiente para aprendermos a valorizar ainda mais a vida.
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Muitas vidas… eu me refaço a cada artigo que vcs vivem e publicam!
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Lindo texto, linda mensagem…tenho orgulho primeiro da prima carinhosa, depois da profissional admirável e agora da mãe dedicada e exemplar que vc se demonstra todos os dias !!! Parabéns , Flavinha !!!
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Muito obrigada pelas mensagens, pessoal! E vamos torcer para que o Rafinha venha ao mundo com muita saúde!! 🙂
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Lindo exemplo de vida…Pela vida do Rafinha…Seus textos são lindos e de um amor tão profundo, que realmente emociona.
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Agradeço a Deus, todos os dias, por ter nos dado a oportunidade de conviver com a Cereja! Nena, fico muito feliz em saber que mais uma mãe resolveu lutar pelo seu filho, espelhando-se em você e nos seus relatos.
Mãe do Rafinha, você fez a escolha certa! Sei que o Rafinha irá trazer muitas alegrias e muita luz para a sua família, assim como a Cerejinha conseguiu mudar completamente a minha família, trazendo uma nova visão da vida e renovando o nosso amor!
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ADOREI A HISTORIA E FICO FELIZ POR VOCE
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” Aninha ” tão simples como a verdade de Deus em nossa vida ! Deus fala com agente de varias formas , temos que agradecer por sermos escolhidos para instrumento de benção nas vidas da pessoas ! pode ter certeza que ele quer te usar e muito querida , se coloque nas mãos de Jesus e deixe ele cuidar de você e de todos ao seu redor , e alcançará o mundo com tuas bençãos mandadas por Deus !! amos vocês querida em nome de Jesus eu te abençõu !!
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Ana, sempre penso que nada eh por acaso nessa vida, tudo tem um sentido, tudo tem um porque, bendita seja essa mae que encontrou nas tuas palavas a forma para mudar um destino, bendita seas tu que esteve aberta para semea-las.
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Que legal que a tua história possa ajudar outras mães, são momentos complicados que as vezes uma palavra muda tudo.
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É por essas e outras que tenho orgulho de você. Por passar tão bem a sua mensagem de vida e amor. Te amo amiga, amo minha cerejinha saborosa!
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parabens ,cada vez que leio suas historias eu choro de emoçao ,pois tenho uma bebezinha down ea amo de paixao .
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Ana parabéns pela coragem de expor sua história, abrir sua intimidade para ajudar outras mães e explicar tudo com tanta lucidez e clareza. Ps: estou adorando as histórias da Cerejinha!
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